Complexo Fábrica de Samba é inaugurado na capital

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Projeto iniciado em 2005 reúne em um único espaço os barracões das 14 escolas de samba do grupo especial; proposta é ser um ponto turístico e cultural
 
Um sonho de quase duas décadas. Na manhã desta sexta-feira (25) o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, inaugurou a Fábrica de Samba, complexo de 14 barracões que abrigará a produção (parte fabril) das escolas de samba do grupo especial da cidade. Cada barracão tem mais de quatro mil metros de área construída, em uma fração individual de 42 x 50 metros – o espaço todo, na esquina da Marginal Tietê com a Ponte da Casa Verde (sentido Penha) tem 70 mil metros quadrados. No centro do terreno há um prédio administrativo e um bloco de lanchonete. Um galpão para reciclagem de materiais foi construído entre os blocos B e C.
 
Após os desfiles de 2022, que acontecerão nos dias 22 e 23 de abril (grupo especial), as 14 unidades serão ocupadas. A Fábrica de Samba havia sido inaugurada parcialmente em dezembro de 2016 – com sete barracões prontos, ocupados no ano seguinte. 

 
Histórico - O projeto começou em 2005, por iniciativa da São Paulo Turismo, empresa de turismo e eventos da capital. Foram anos de estruturação, que incluíram até a alteração de endereço: na primeira proposta o empreendimento ocuparia um terreno onde hoje funciona o Parque de Esportes Radicais, ao lado do estádio municipal de beisebol Mie Nishi, no Bom Retiro. O principal entrave legal era a liberação dos terrenos que, no caso do endereço atual, eram ocupados irregularmente por dois clubes municipais, administrados pela sociedade civil.  A obra começou em 2012.
 
O sonho de um espaço único, onde todas as escolas pudessem desenvolver seu carnaval é antigo. Na virada do milênio, membros da Liga Independente das Escolas de Samba chegaram a esboçar uma proposta, porém a indisponibilidade da área, conhecida informalmente como “terreno da Aeronáutica”, na Av. Olavo Fontoura (onde fica o Sambódromo) não permitiu a evolução da ideia.