Os gigantes: milhões de anos nos separam, doze museus nos aproximam

Compartilhe!

1 curtiu
Em nove cidades, além da capital, é possível aprender muito sobre os dinossauros que tanto encantam as crianças. 
 
Presidente Prudente, a 560 quilômetros da capital, no Oeste do estado, ganhou notoriedade no “mundo paleontológico” no final do ano passado quando foi anunciada a descoberta ovos de dinossauro com mais de 60 milhões de anos. Vizinha de Prudente, em Alfredo Marcondes foi retirada, este ano, a ossada de um saurópode que, estima-se, tinha mais de 13 metros.   
 
Estas descobertas são comuns na região desde os anos 90 e fizeram com o que triângulo formado por Prudente, Marília e Araçatuba fosse apelidado de Vale dos Dinossauros. O que para a ciência são revelações fundamentais, com poder de mudar os rumos de estudos e pesquisas, para quem gosta dos enormes lagartos do passado – os dinossauros – são motivos de sobra para visitas e momentos que aliam lazer e aprendizado.
 
Nos anos 50, na mesma região de Presidente Prudente, foi descoberto o maior dinossauro brasileiro, o Titanossauro Austroposeidon magnificus, com 25 metros de comprimento.
 
Para essa fascinante viagem ao passado, diversos museus de Paleontologia, Ciências e de História Natural, a maior parte públicos, recebem milhares de visitantes todo ano. Observar bem de perto esses répteis gigantescos e conhecer como eles viveram é uma experiência interessante para adultos e principalmente para as crianças. Abaixo, nove museus de cidades do interior paulista (Araraquara, Itatiba, Marília, Monte Alto, Rio Claro, Santo André, São Carlos, Taubaté e Uchoa) e outros três situados na Capital.
 
Araraquara
 
No acervo do Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (MAPA) há fósseis e uma coleção de pegadas de dinossauros conhecida mundialmente. Inaugurado em dezembro de 2008, tem forte projeção regional e organiza 90 mil peças de arqueologia vindas de vários municípios paulistas. Seu acervo é voltado para os icnofósseis (pegadas de dinossauros e mamíferos, além de traços de invertebrados) presentes em lajes de arenito. O turista precisa ainda visitar a bela Alameda dos Oitis, no Centro da cidade, que é um museu de pegadas de dinossauros a céu aberto. Araraquara está a 270 km da capital. O MAPA fica na Rua Voluntários da Pátria, esquina com Avenida Portugal, no Centro. 
Mais informações: http://www.zanettiniarqueologia.com.br/mapa.html
 


O Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (MAPA) tem forte projeção regional e organiza 90 mil peças de arqueologia
vindas de vários municípios paulistas

 
Itatiba
 
Fundado há mais de 20 anos, o Zooparque Itatiba, que é considerado o maior zoológico particular do Brasil, inaugurou em 2020 o maior museu de História Natural da América Latina, com uma exposição permanente intitulada “Viagem pela Evolução e Biodiversidade do Mundo”. Dentro de uma estrutura de 2.400 m², é possível conhecer a nossa pré-história, ver esqueletos de dinossauros brasileiros, a Era do Gelo e outros temas de história natural. A sala com esqueletos de dinossauros garante um passeio para toda a família em direção ao passado do planeta. Itatiba fica a 82 km da capital. Zooparque: na Rodovia D. Pedro I, km 95,5, no Paraíso das Aves.
Mais informações: zooparque.com.br
 
Marília
 
Inaugurado em 2004, o Museu de Paleontologia de Marília é o segundo museu do interior paulista com exposição permanente de fósseis do período Cretáceo (entre 65 e 80 milhões de anos). Citado em publicações internacionais da área, o Museu é tido como uma das grandes atrações turísticas e culturais do Estado de São Paulo e do Brasil. Nele, há fósseis de dinossauros (como o Titanossauro, descoberto em 2009, um dos mais completos encontrados no Brasil), crocodilos, tartarugas e outros animais visitados anualmente por mais de 5.000 alunos, visitantes de 2.000 cidades brasileiras e de 79 países. Marilia fica a 433 km da capital e o Museu está localizado na Avenida Sampaio Vidal, 245.
Mais informações: http://www.marilia.sp.gov.br/prefeitura/museu-de-paleontologia
 
Monte Alto
 
O Museu de Paleontologia de Monte Alto inicialmente era parte integrante do Museu Histórico e Cultural “Dr. Fernando José Freire de Andrade”, sendo inaugurado em 22 de julho de 1992 e passa a existir formalmente em 2007.  Em 27 de junho de 2011, recebe o nome de Museu de Paleontologia “Professor Antonio Celso de Arruda Campos”, em homenagem ao seu fundador. Monte Alto possui mais de 30 pontos de coleta de fósseis, elementos que são os principais componentes do acervo do Museu.

Os fósseis são restos de animais e vegetais que viveram há milhões de anos na Terra e que ficaram incorporados às rochas. As pesquisas paleontológicas na região Monte Alto iniciaram-se na década de 1980 e continuam sendo feitas sistematicamente. Os primeiros fósseis encontrados em Monte Alto, que compõem o acervo do museu, pertencem a um grande dinossauro do grupo dos Titanossauros. Vale ressaltar que o Museu foi modernizado para difundir ainda mais a Paleontologia e proporcionar melhor afluxo de visitantes.

A forma de exposição do acervo facilita o acesso, sendo acessível a idosos e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Monte Alto fica a 356 km de São Paulo. O Museu está localizado no Centro Cívico e Cultural “Dr. Elias Bahdur” (Avenida 15 de Maio, Praça do Centenário, s/n, Centro).
Mais informações: http://montealto.sp.gov.br/site/museudepaleontologia/
 

O Museu de Paleontologia “Prof. Antônio Celso de Arruda Campos” de Monte Alto apresenta o setor “Caminhos da Vida” que explica a
evolução e a diversidade de fósseis, além de exibir esqueletos de dinos gigantescos.
 
Rio Claro
 
O Museu de Paleontologia e Estratigrafia “Prof. Paulo Milton Barbosa Landim”, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), foi criado em 1992. O Museu tem feito o arquivamento e a exibição ao público de seu acervo, com coleções de fósseis e rochas sedimentares. Entre suas atrações pré-históricas, estão trilobitas (artrópodes que são parentes de crustáceos e insetos), réplicas de peixes, plesiossauros (répteis marinhos) e pterossauros (répteis voadores) do período Jurássico e outros animais que viveram em território brasileiro há centenas de milhões de anos. Rio Claro fica a 176 km da capital e o Museu no CP 199, Avenida 24 A, 1515 – Bela Vista. 
Mais informações: http://www.rc.unesp.br/museupaleonto
 
Santo André
 
Localizado em Santo André (no Grande ABC), o Sabina Escola Parque do Conhecimento é um Centro de Ciências que busca difundir a história da evolução da vida na Terra através de exposições interativas e lúdicas. O espaço possui esqueletos e réplicas de dinossauros gigantescos, além de um pinguinário, simuladores, um aquário, um jardim sensorial e um planetário, toda uma estrutura para atender escolas e público em geral. Santo André é vizinha da capital paulista e o Parque Sabina está situado na Rua Juquiá, s/n (com entrada na altura do n. 135). 
Mais informações: http://www2.santoandre.sp.gov.br/hotsites/sabina
 
São Carlos
 
O Museu da Ciência Prof. Mário Tolentino oferece ao visitante espaços interativos, com foco na aprendizagem lúdica das ciências. Além dos experimentos de física, a instituição, inaugurada em abril de 2012, tem espaços interativos, conta com um auditório de 56 lugares (para seminários, palestras e outras atividades culturais). Na área de exposições, há réplicas de esqueletos de um Abelissauro e de um Anhanguera (uma espécie de pterodáctilo que viveu no Brasil), ambos do período Cretáceo, de há 112 milhões de anos. São Carlos está a 231 km da capital e o Museu fica na Praça Coronel Salles, s/n, no Centro.
Mais informações: https://museudaciencia.blogspot.com
 
Taubaté
 
Inaugurado em julho de 2004 pela Prefeitura de Taubaté, o Museu de História Natural é administrado pela Fundação de Apoio à Ciência e Natureza (FUNAT). O cientista Herculano Alvarenga, que motivou a criação do Museu, foi o descobridor de um esqueleto de dinossauro batizado de Paraphysornis brasiliensis, que viveu no Vale do Paraíba há 23 milhões de anos. O espaço tem 600 m², conta com um auditório para 100 pessoas e seu acervo reúne milhares de peças, desde os gigantescos dinossauros até insetos pequenos. Taubaté fica a 135 km da capital. O Museu é na Rua Juvenal Dias de Carvalho, 111, no Jardim do Sol. 
Mais informações: https://www.museuhistorianatural.com.br
 
Uchoa 
 
Inaugurado em 2016, o Museu de Paleontologia Pedro Candolo, de Uchoa, foi o resultado de mais de três décadas de pesquisas científicas. São mais de 700 fósseis em exposição, entre eles quatro dinossauros (três carnívoros – o Megaraptora, o Thanos simonattoi e o Maniraptora - e um herbívoro – o Titanossauro) que foram descobertos na região de São José do Rio Preto. Os paleontólogos também encontraram e catalogaram insetos, fósseis de peixes e crocodilos pré-históricos, bem como o de uma minitartaruga. Uchoa fica a 416 km de São Paulo. O Museu, na Praça Farmacêutico Bruno Garisto, s/n. 
Mais informações: https://www.facebook.com/mppc.uchoa
 


O Museu de Paleontologia Pedro Candolo, de Uchoa, foi o resultado de mais de três décadas de pesquisas científicas.
São mais de 700 fósseis em exposição, entre eles quatro dinossauros
 
A Capital também tem dinossauros
 
MZUSP: O Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP) é uma instituição que abriga um acervo com 12 milhões de exemplares e começou a ser reunido desde a década de 1890. Uma de suas atrações é o esqueleto do Tapuiasaurur macedoi, um dinossauro gigante e herbívoro de quase 12 metros de comprimento que viveu há mais de 120 milhões de anos onde hoje é o norte de Minas Gerais. Com pescoço muito comprido e corpo volumoso, esse dinossauro foi encontrado em raras condições de preservação, com um crânio completo e articulado. O MZUSP situa-se na Avenida Nazaré, 470A, bairro do Ipiranga.
Mais informações: https://mz.usp.br/en/home/
 


O Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP) é uma instituição que abriga um acervo com 12 milhões de exemplares e
começou a ser reunido desde a década de 1890.
 
MuGEO: Criado em novembro de 1967, o Museu Geológico Valdemar Lefèvre (MuGEO), na Capital paulista, está num espaço de 340 m², tem parte de seu acervo de 3,5 mil peças com origem na Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo (entre 1886 e 1931) e constituído de rochas, minerais, fósseis e documentos antigos. No museu, a coleção de fósseis representa vários períodos da vida sobre a Terra. Destaque para o conjunto de 11 ossos de Titanossauros, encontrados na década de 1960, no Pacaembu, além de ossos fossilizados de uma preguiça gigante (da região de Capão Bonito) e dentes de um mamute (de Águas de Lindóia). Vinculado à Secretaria do Meio Ambiente, o MuGEO localiza-se no Parque da Água Branca, na Avenida Francisco Matarazzo, 455.
Mais informações: www.museo.sp.gov.br
 


O destaque no Museu Geológico Valdemar Lefèvre (MuGEO), na Capital paulista, fica para o conjunto de 11 ossos de Titanossauros,
encontrados na década de 1960, no Pacaembu.
 
Museu de Geociências (USP): Já na entrada há uma enorme réplica de esqueleto de um Allosaurus fragilis, um dinossauro de 12 metros de comprimento e três metros e meio de altura, espécie que viveu entre 140 e 147 milhões de anos. Criado em 1934 dentro do Instituto de Geociências da USP, em São Paulo, o Museu de Geociências fica no primeiro andar do prédio da Faculdade e ocupa uma área atual 550 m², com 15 mil amostras (sendo cinco mil peças em exposição permanente e as demais em reserva técnica). Outra de suas atrações é o terceiro maior meteorito caído no Brasil, chamado Itapuranga. O Museu de Geociências recebe visitação pública e está localizado na Rua do Lago, 562, na Cidade Universitária, bairro do Butantã. 
Mais informações: https://igc.usp.br/museu/o-museu-de-geociencias

Álbum de Fotos