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09/12/2020
MUNICÍPIOS TURÍSTICO
Conheça o Município Turístico de Bananal
Bananal, que já foi uma das cidades mais ricas do Ciclo do Café, no extremo leste do estado de São Paulo, é um destino do Vale do Paraíba que guarda muito bem as memórias da época. Distante 316 km da Capital, é conhecida pela aprazível hospitalidade oferecida aos seus turistas e ainda hoje preserva em seus arredores atraentes fazendas históricas, abertas para visitação e até para hospedagem, com o mobiliário daquele tempo e o glamour das antigas instalações. Esta estância turística de 10.993 habitantes, de acordo com a estimativa do IBGE/2020, fica nos limites entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, e contempla também a Serra da Bocaina. Com a história que, após a queda do café, as lavouras foram substituídas por algodão e principalmente, a criação de gado leiteiro.

Quando os turistas procuram em suas viagens um pouco de arte, história, aventura e contato com a natureza, Bananal fica à disposição com todos estes ingredientes, uma vez que teve seu momento de ostentação nos séculos XVIII e XIX com a produção de café. Desta época de luxo e riqueza, restaram como evidências as grandes fazendas, as igrejas e os palacetes urbanos com seus azulejos portugueses, cristais belgas e móveis importados.  Após este período e em um passado recente, a região se dedicou ao artesanato, à produção de doces e bebidas, e ao turismo. Em 1985, o Conselho de Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de São Paulo, CONDEPHAAT, promoveu o tombamento do núcleo urbano da cidade por seu valor histórico e arquitetônico. Há muitos enredos para contar. No pequeno centro histórico é possível caminhar pela Praça da Matriz, onde fica a Igreja do Senhor Bom Jesus do Livramento, do início do século 19, além de um belo coreto e um chafariz europeu de ferro que foi instalado em 1880. Bom apreciar também as belas e conservadas casas coloniais e tantas outras construções, também do século 19.

 
Localizado no km 327 da Rodovia dos Tropeiros, o Hotel Fazenda Boa Vista fica a 20 km da Igreja Matriz de Bananal
 
Eis as principais fazendas para visitação e muitas até com hospedagem:
Fazenda Resgate, do Século XIX, hoje é tombada pelo IPHAN, mantida em perfeito estado de conversação (Estrada Nova para Barra Mansa, Km 324); Fazenda dos Coqueiros, de 1855, que preserva toda sua estrutura e mobiliário. Foi a primeira fazenda a ter banheiro dentro de casa (Rodovia dos Tropeiros, Km 309); Fazenda Loanda, perto do centro de Bananal, também em ótimo estado de conservação (Rodovia dos Tropeiros, Km 328); Fazenda Três Barras, do final do século 18, que hospedou o Príncipe Regente Dom Pedro e o presidente Juscelino Kubitschek. Mantém o mobiliário da época do quarto que JK ocupava (Rodovia dos Tropeiros, Km 320); Fazenda Boa Vista, de meados do século 18, já foi cenário de algumas novelas de época - como Dona Beija e Sinhá Moça - (Rodovia dos Tropeiros, s/n) e Fazenda Independência, de 1822, e batizada em homenagem à Independência do Brasil (Estrada Rio-São Paulo, 64).



O Solar dos Guimarães (Sobrado da Dona Laurinha) é um dos prédios tombados mais antigos de Bananal, data de 1817 
 
As atrações turísticas da cidade vão além das fazendas históricas, onde o Turismo Rural tem preferência. Alguns casarios da cidade são tão antigos quanto a cidade e sua história se confunde com a história de Bananal, como o Solar Manuel de Aguiar, antigo Solar do Barão Manuel de Aguiar Valim, grande cafeicultor do Século XIX, que chegou a funcionar como Prefeitura da cidade e hoje é a sede da ABATUR (Associação Bananalense de Turismo) e a Pharmácia Popular, fundada em 1830 por um boticário francês com o nome de Pharmácia Imperial, sendo a mais antiga farmácia em funcionamento no Brasil. Sempre bom guardar um olhar para a Estação Ferroviária de Bananal, inaugurada em 1888, como complemento da obra da Companhia Estrada de Ferro de Bananal, que seguia até Barra Mansa. Sua estrutura pré-fabricada foi importada da Bélgica, sendo a única desse tipo em continente americano. A ferrovia foi desativada em 1963, e os móveis da estação foram doados para o Museu Imperial de Petrópolis. Em frente à estação, na Praça Dona Domícia, encontra-se a locomotiva denominada Teresa Cristina.

Quando a natureza fala mais alto, ressalta-se que a Mata Atlântica é muito bem preservada, em especial na conhecida Estação Ecológica do Bananal. Aos fins de semana, os jipeiros são muito procurados para a realização de trilhas que levam até às regiões de São José do Barreiro (SP) e de Barra Mansa (RJ). Em alguns trechos da Serra da Bocaina existe criação de trutas. Tem mais: dentro desta Estação Ecológica há a Cachoeira das Sete Quedas, de fácil acesso e fica perto da sede da Estação. Além da cachoeira, é possível fazer caminhadas pelas trilhas da Estação Ecológica. Atenção: as visitas devem ser agendadas antecipadamente. Importante saber que a Estação Ecológica de Bananal foi criada com o objetivo de proteger remanescentes de Floresta Ombrófila Densa Montana e Alto Montana, refúgios vegetacionais, espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção, além de desenvolver pesquisas e atividades de educação ambiental. Foram registradas 709 espécies de plantas, da quais 34 constam em listas de espécies ameaçadas de extinção.

Curiosidades

• Bananal foi edificada em uma região ocupada pela etnia indígena dos Puris. O aldeamento existiu entre a Serra da Mantiqueira e as florestas do Sertão do Bocaina, estendendo-se até a região onde hoje se encontra a cidade.
• O rio que cortava a localidade foi batizado por eles com o nome Banani, que significa “rio sinuoso”, por isso o nome da cidade teria surgido daí. Primeiro com a corruptela Bananá e, por fim, Bananal.
• Sua fundação foi formalizada, em escritura, em 1785, mas somente em abril de 1849, elevou-se à condição de cidade.
• Bananal é famosa também em função dos trabalhos em crochê, da produção de doces e cachaças e de bons restaurantes de cozinha caipira.

Como chegar

Para ir até Bananal, partindo da Capital, é preciso acessar a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra), depois a SP-244/068 (Rodovia Deputado Nesralla Rubez) e, finalmente, a SP-068 (Rodovia dos Tropeiros).

 
Mais informações: www.bananal.sp.gov.br
 


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